Iniciamos
o mês de outubro celebrando a memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino
Jesus, virgem e doutora da Igreja. Outubro é conhecido também como o mês
missionário, e Santa Teresinha é a padroeira das missões.
O Decreto Conciliar Ad Gentes
sobre a atividade missionária da Igreja afirma: “A Igreja peregrina é, por sua
natureza, missionária, visto que tem sua origem, segundo o desígnio de Deus
Pai, na ‘missão’ do Filho e do Espírito Santo” (AG,6). Em nosso “DNA
espiritual” de batizados, está impresso o nosso desígnio missionário, e Santa
Teresinha do Menino Jesus, mesmo vivendo no Carmelo, viveu sua identidade
missionária, rezando pelas vocações.
Em seus
escritos autobiográficos, intitulados “História de uma alma”, Santa Teresinha
afirma: “Ó Jesus, meu amor, minha vocação, encontrei-a afinal: Minha vocação, é
o amor! […]”. Seu exemplo é caminho para que todos nós sejamos missionários
onde nos encontramos: família, trabalho, escola…
Siga o exemplo de Santa Teresinha
Siga o exemplo de Santa Teresinha
Nos domingos e dias de festa,
Santa Teresinha colocava seu pouco tempo disponível para prestar pequenos
favores às suas irmãs do Carmelo. Também nós podemos seguir esse exemplo.
Quanto tempo dedicamos àqueles que nos são importantes? Conseguimos nos
desconectar dos nossos computadores e celulares para valorizar aqueles a quem
realmente amamos? Ser missionário é também amar com gestos concretos e atenção
a todos, começando, em primeiro lugar, pelos de nossa própria casa.
Por saber que uma das madres,
que já tinha idade avançada, tinha alergia a perfume de flores, Santa Teresinha
deixou de colocá-las diante da imagem do Menino Jesus, que ficava no claustro.
Esse pequeno gesto demonstra o carinho e a atenção para com a religiosa. E nós?
Quais são os pequenos sacrifícios que podemos fazer para nossos irmãos de
comunidade? Muitas vezes, sabemos de algo que alguns não gostam e insistimos em
continuar fazendo. A missão exige um abrir mão de nossas vontades, para acolher
o outro com doçura e delicadeza.
Quando percebia que alguma irmã
estava nervosa ou de mau humor, ela sempre a tratava com mais delicadeza, sendo
amável e meiga: “Precisamos agir, pois, como o Senhor, desdobrarmo-nos em
delicadezas e previdências para com as almas imperfeitas […]”. Todos os dias,
também somos confrontados com inúmeras situações em que muitos se encontram
nervosos ou estressados no trabalho. Como reagimos diante desses desafios?
Temos a delicadeza do Senhor, que se manifesta a nós de um modo amável? Ou nos
deixamos envolver pela atmosfera de mau humor e aumentamos ainda mais o
mal-estar em nosso trabalho? Ser missionário é aprender a vivenciar as mais
delicadas situações com prudência e carinho.
Santa Teresinha também nos
ensina que ser missionário é nos empenharmos em uma contínua vida de oração por
todos: familiares, amigos, colegas de trabalho, enfermos, pessoas necessitadas,
religiosos, seminaristas, diáconos, padres, bispos, papa. A exemplo de Santa
Teresinha do Menino Jesus, que nossa missão seja sempre o amor!
* Padre
Flávio Sobreiro, bacharel em Filosofia pela PUCCAMP e Teólogo pela Faculdade
Católica de Pouso Alegre (MG). Vigário paroquial da paróquia Nossa Senhora de
Fátima, em Santa Rita do Sapucaí (MG), e padre da arquidiocese de Pouso Alegre
(MG). Fonte: Canção Nova
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